Ambulatório Alda Lima Falcão

Serviço ambulatorial de atenção à saúde especializado em leishmanioses – Ambulatório Alda Lima Falcão. Atendimento médico ambulatorial especializado e apoio diagnóstico a pacientes com suspeita de leishmaniose tegumentar (LT) e leishmaniose visceral (LV).

 

Requisitos para atendimento

Usuários encaminhados por serviços do SUS, portador de ficha de referência com encaminhamento do profissional de saúde vinculado ao SUS e documento de identificação com fotografia.

 

Compromissos da instituição

Garantir acompanhamento por equipe multidisciplinar, buscando a integralidade e resolubilidade das ações de saúde, segundo as diretrizes do SUS. Atender 100% dos pacientes referenciados (encaminhados) aos serviços de saúde do ambulatório, assegurando o acesso às informações de saúde, segundo padrões de qualidade, sigilo e segurança preconizados em procedimento documentado pela unidade.

 

Observações

Não é realizada administração de medicamentos, apenas diagnóstico e acompanhamento.

  • Informamos que estamos temporariamente com problemas técnicos em  nossos telefones.
  • O contato com o ambulatório do Centro de Referência em Leishmanioses pode ser realizado por mensagens pelo Whatsapp: (31) 97227-6484 (não atende ligações).
  • Agendamento: (31) 3349-7712
  • Outros contatos: (31) 3349-7853 ou (31) 3349-7708

Endereço:

Av. Augusto de Lima, 1715 – Barro Preto, Belo Horizonte – MG, 30190-009

(Entrada pela Rua Juiz de Fora s/n)

Horário de atendimento

De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

 

Diagnóstico laboratorial

O que é?

 

O Centro de Referência em leishmanioses (CRL) da Fiocruz Minas Gerais (Instituto René Rachou – IRR) realiza a avaliação de pacientes com suspeita de leishmaniose encaminhados das redes pública e privada. Após agendamento por telefone o paciente é acolhido pela secretária que irá coletar os dados pessoais. Em seguida, será encaminhado para consulta médica e coleta de material biológico a critério médico. Quando o diagnóstico de leishmaniose é confirmado, o paciente é encaminhado para tratamento. O tratamento será em posto de saúde ou no Instituto René Rachou ou com internação hospitalar ou em casa, que será determinado pela condição clínica do paciente e tipo de tratamento. Durante o tratamento o paciente tem acompanhamento clínico e laboratorial no IRR, para avaliação de eventos adversos. Após término do tratamento o paciente é acompanhado em consultas médicas no IRR por 1 ano ou 5 anos.

Os seguintes exames laboratoriais poderão ser realizados, se necessários:

Exame direto (imprint) e cultura de aspirado de lesão ou medula óssea, para pesquisa direta do parasito; PCR (Reação em cadeia da polimerase), para pesquisa de DNA do parasito; Hemograma; Exames bioquímicos; Anatomopatologia; Cultura de fungos; Eletrocardiograma.

 

 

Quem pode utilizar este serviço?

  • Cidadãos
  • Órgãos e entidades públicas e privadas

É necessário:

  • ter suspeita de leishmaniose ou ser portador da doença;
  • possuir encaminhamento médico do SUS ou rede particular.

 

Etapas para a realização deste serviço

  1. Agendar consulta

O agendamento deve ser realizado, preferencialmente, por telefone.

Para agendamento é necessário informar:

  • o nome e data de nascimento do paciente,
  • CPF e
  • telefone de contato para confirmação do agendamento.

No dia da consulta serão solicitados o encaminhamento médico e exames médicos recentes (se houver), além de documento de identificação (com foto), cartão do SUS e comprovante de residência.

Ver item “Horários e formas de contato

O agendamento deve ser realizado durante o horário de atendimento do serviço, tendo em mãos os documentos listados. O mesmo canal também pode ser utilizado para esclarecer dúvidas.

  1. Realizar atendimento

O paciente deverá apresentar os documentos para o preenchimento do cadastro no sistema do ambulatório.

Documentação necessária:

  • Documento de identificação com foto
  • Cartão SUS
  • Comprovante de endereço
  • Exames recentes (se houver)
  • Encaminhamento médico

 

Será solicitada assinatura de Termos de Consentimento e autorização para realização de eventuais exames.

 

 

  1. Consultar-se

Realizar Consulta com o médico especializado para confirmação ou não da suspeita de leishmaniose.

O atendimento será realizado de acordo com horário agendado.

Local do atendimento: 

Av. Augusto de Lima, 1715 – Barro Preto, Belo Horizonte – MG, 30190-009.

Entrada pela Rua Juiz de Fora S/N.

 

  1. Realizar exames para diagnóstico

Caso os sinais e sintomas sugiram leishmaniose, o paciente realizará exames de confirmação do diagnóstico (biópsia, aspirado de lesão e coleta de sangue).

Os resultados dos exames NÃO serão fornecidos no mesmo dia

Estes exames podem ser realizados no mesmo dia, porém ao final dos demais atendimentos.

  1. Retornar para consulta e resultado de exames

O paciente será informado por telefone sobre a disponibilização dos resultados e será agendado retorno para entrega deste resultado.

Os resultados serão entregues presencialmente, em consulta no ambulatório.

NÃO é informado resultado por telefone.

Caso seja confirmado o diagnóstico de leishmaniose, o paciente é encaminhado para tratamento na rede pública (ou no IRR, dependendo do tratamento), com acompanhamento semanal presencial na Fiocruz, e receberá orientações médicas, de acordo com a conduta médica a ser adotada. Caso não seja confirmado o diagnóstico de leishmaniose o paciente é contra referenciado para rede pública ou de origem.

 

Horários e formas de contato

  • Horário para atendimento ao público:

Segunda a quinta-feira de 7:30h às 17:00 h

Sexta-feira: 8:00h às 16 h

 

  • Horário de atendimento médico

Turno

Segunda-feira

Terça-feira

Quarta-feira

Quinta-feira

Sexta-feira

Manhã

7:30 a 12:00

X

X

Tarde

13:30 a 17:00

X

X

X

X

 

  • Formas de contato:

Por telefone:

  • Agendamento: (31) 3349-7712
  • Outros contatos: (31) 3349-7853 ou (31) 3349-7708

Presencial:

Av. Augusto de Lima, 1715 – Barro Preto, Belo Horizonte – MG, 30190-009

O usuário pode comparecer diretamente ao Ambulatório Alda Lima Falcão, tendo em mãos os mesmos documentos, para agendar uma consulta. Dar preferência para o agendamento por telefone.

 

Conduta para os finais de semana e feriados:

 

  • Paciente adulto com suspeita de leishmaniose visceral: procurar Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima da residência.
  • Paciente pediátrico com suspeita de leishmaniose visceral: procurar o Centro Geral de Pediatria (Hospital Infantil João Paulo II). Telefones: 3239-9000 ou 3239-9074.
  • Paciente do CRL em tratamento para leishmanioses:
    1. Queixas novas (urgência): enviar mensagem via aplicativo Whatsapp pelo número (31) 97227-6484.
    2. Emergências (risco à vida): procurar Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou serviço de saúde mais próximo.

 

Outras Informações

Quanto tempo leva?

O tratamento da leishmaniose tegumentar varia de acordo com o medicamento. É realizado acompanhamento dos pacientes por pelo menos 12 mês(es) após o início do tratamento.

 

Informação sobre quem tem direito a tratamento prioritário

Tem direito a atendimento prioritário no dia da consulta as pessoas com deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60 anos, as gestantes, as lactantes, as pessoas com crianças de colo, pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) e os obesos, conforme estabelecido pela lei 10.048, de 8 de novembro de 2000.

 

 

A.   Perguntas Frequentes

 

  • Leishmaniose visceral e leishmaniose tegumentar são a mesma doença?

Não. A leishmaniose visceral é uma doença que acomete os órgãos internos da pessoa, principalmente baço, fígado e medula óssea. Já na leishmaniose tegumentar, nenhum órgão interno é acometido e a doença provoca aparecimento de feridas em pele e mucosas. São doenças diferentes, causadas pelo mesmo protozoário, porém, de espécies diferentes.

 

  • A leishmaniose tegumentar pode se transformar em leishmaniose visceral com o passar do tempo?

Não. Leishmaniose visceral e leishmaniose tegumentar são doenças diferentes, causadas por espécies diferentes do mesmo protozoário. Uma doença não progride para a outra. Logo, aquelas pessoas que têm leishmaniose tegumentar não evoluem para leishmaniose visceral e vice-versa.

 

  • O cão é o reservatório da leishmaniose tegumentar?

Não. Os reservatórios da leishmaniose tegumentar são animais silvestres, incluindo roedores, marsupiais, edentados, quirópteros, e canídeos silvestres.

Fonte: Ministério da Saúde (2017). Manual de vigilância da leishmaniose tegumentar

 

 

Já no caso da leishmaniose visceral, o cão (Canis familiaris) é o reservatório da doença na área urbana. Porém, na zona rural, os reservatórios podem ser as raposas (Dusicyon vetulus e Cerdocyon thous) e os marsupiais (Didelphis albiventris).

Fonte: Ministério da Saúde (2017). Manual de vigilância da leishmaniose tegumentar

 

 

  • Uma pessoa com leishmaniose pode transmitir a doença para outra pessoa?

Não. O modo de transmissão é por meio da picada de insetos transmissores infectados. Não há transmissão de pessoa a pessoa.

 

  • Essa doença é contagiosa?

Não. A leishmaniose é transmitida por picada do inseto flebótomo, popularmente conhecido por mosquito palha ou birigui e não é transmitida de pessoa a pessoa.

 

  • Existe risco em compartilhar talheres e toalhas com a minha família?

Não existe risco de transmissão em compartilhamento de talheres, roupas de banho e cama. A transmissão da leishmaniose ocorre pela picada do inseto flebotomíneo, popularmente conhecido como mosquito palha ou birigui.

 

  • A leishmaniose tegumentar é uma doença que requer atendimento de urgência?

Não. A leishmaniose tegumentar como doença geralmente não oferece risco à vida.

 

  • Quais outras doenças são parecidas com leishmaniose tegumentar?

O diagnóstico diferencial com outras doenças sempre deve ser considerado, de acordo com a forma clínica e as características da lesão, e incluem:

– Forma cutânea localizada: tuberculose, micobacterioses atípicas, paracoccidioidomicose cutânea, úlceras de estase venosa, úlceras decorrentes da anemia falciforme, picadas de insetos, granuloma por corpo estranho, ceratoacantoma, carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular, cromoblastomicose, histiocitoma, linfoma cutâneo, esporotricose, piodermites, trauma local, dentre outros.

– Forma cutânea disseminada: histoplasmose, criptococose cutânea, micobacteriose disseminada.

– Forma cutânea difusa: hanseníase virchowiana.

– Forma mucosa: paracoccidioidomicose, carcinoma epidermoide, hanseníase Virchoviana, carcinoma basocelular, linfomas, rinofima, sífilis terciária, perfuração septal traumática ou por uso de drogas, rinite alérgica, sinusite, sarcoidose, granulomatose de Wegener, dentre outras.

 

  • Qual exame de sangue eu posso fazer para descobrir se minha ferida é leishmaniose?

Exame de sangue não é indicado para o diagnóstico da leishmaniose tegumentar. Os exames realizados para detectar a leishmaniose tegumentar exigem uma amostra do tecido (por exemplo, uma biópsia).  Os exames mais comuns são:

Exame parasitológico direto (imprint da biópsia ou escarificação da lesão),

Exame parasitológico indireto (cultura de material da lesão) ou

PCR (reação em cadeia da polimerase).

 

  • No ambulatório faz teste de Montenegro?

Não. O teste de Montenegro parou de ser fabricado em 2015. O último lote fabricado terminou em 2016.

 

  • Posso mandar meu filho para a escola com a ferida?

Sim. Não há indicação de ausência das atividades escolares. É necessário manter a lesão fechada e protegida conforme orientação médica.

 

 

 

  • Existe uma pomada que resolve a lesão da leishmaniose tegumentar?

Não. Somente o tratamento específico com medicamentos (antimoniato de meglumina, anfotericina B lipossomal e miltefosina) pode prover a melhora e cura da lesão por leishmaniose tegumentar. A indicação do medicamento varia em função da forma da doença, número e localização das lesões e presença de comorbidades.

 

  • Estou com leishmaniose tegumentar. Após a melhora da lesão, posso ficar com uma cicatriz?

As lesões cutâneas, ao evoluir para a cura, costumam deixar cicatrizes atróficas, deprimidas, com superfície lisa, áreas de hipo ou de hiperpigmentação e traves fibrosas. Algumas vezes podem tornar-se hipertróficas, ou podem passar despercebidas por sua coloração, tamanho, forma ou localização.

 

  • Posso fazer uma tatuagem na cicatriz depois do tratamento?

Não é indicado fazer tatuagem na cicatriz, pois as várias agulhadas da tatuagem na pele cicatrizada podem causar um trauma e  reativar a lesão que já estava cicatrizada.

 

  • Quais complicações podem acontecer por causa da leishmaniose tegumentar?

Na evolução da doença, podem surgir intercorrências que exijam cuidados como, por exemplo:

a) A infecção secundária das úlceras leishmanióticas é relativamente comum, sendo a responsável pelas queixas de dor no local das lesões.

b) Eczema de contato ao redor da lesão devido à aplicação de tópicos.

c) Lesões nasais, orais e faringe podem causar sialorreia e dificuldade na deglutição, levando à desnutrição. Por sua vez, se esta desnutrição for clinicamente importante e associada à hipoalbuminemia, ela pode levar a uma diminuição da cicatrização das lesões cutâneas e a um aumento de tempo de cicatrização.

d) Em lesões avançadas da laringe, pode haver perda da voz e obstrução da passagem do ar, obrigando a realização de traqueostomia de urgência.

e) Pacientes com a forma mucosa, mesmo na ausência de lesão laríngea, podem apresentar alterações vocais que persistem após a cura clínica, necessitando de reabilitação vocal fonoaudiológica.

f) Miíase pode surgir como complicação de úlceras.

 

  • Durante o tratamento pode beber?

É sempre melhor evitar o consumo de bebidas alcoólicas durante um tratamento com medicamentos, pois sempre pode existir alguma interação e prejudicar sua saúde. É importante entender a importância do tratamento da leishmaniose e que ele é temporário. Mas, caso seja realmente muito difícil evitar o consumo, lembre-se que é essencial continuar o tratamento, sem suspender doses ou aumentar o tempo entre uma dose e outra. Na dúvida, converse com seu médico.

 

  • Como é o tratamento?

Existem diferentes formas de tratar a leishmaniose e a escolha será de acordo com as características clínicas, idade e de saúde do paciente.

  • Posso realizar o tratamento na minha cidade?

Em algumas situações o paciente pode sim realizar o tratamento em sua cidade, mas vai depender de alguns fatores como:

  • Tipo de tratamento;
  • Se a secretaria de saúde da cidade pode manter a realização de exames de sangue e eletrocardiograma semanais.
  • Ter um serviço de saúde com profissionais que possam acompanhar de perto o tratamento e seus efeitos colaterais.

 

  • Tenho que retornar ao serviço depois que terminar de tomar o medicamento?

Sim. Não só depois que tomar o medicamento. O controle de eventos adversos é realizado ao longo do tratamento, sendo necessário comparecer ao serviço nas datas agendadas. Após a finalização do tratamento, o retorno é necessário por mais algumas vezes para acompanhar a cicatrização e receber alta após confirmação de sucesso do tratamento.

  • Preciso fazer curativo todos os dias?

Sim, a ferida deve ser lavada diariamente e após a limpeza deve-se realizar o curativo conforme orientação médica recebida anteriormente.

 

  • Posso fazer atividade física com a lesão?

Sim, se não sentir dor ou incômodo, e após orientação médica