Colaboradores

Listagem e conteúdo extraídos da obra: DIAS, João Carlos Pinto (Org.). Dr. Emmanuel Dias, 1908-1962. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2009, p. 49-52.

 Miguel Marcondes Cezar. Excelente técnico de nível médio, iniciado no Rio, montou a radiologia e o laboratório fotográfico de Bambuí, também gerenciando a construção do prédio novo (1950-51).

 

Leda Marcondes. Esposa de Miguel. Organizava fichários e pacientes, gerenciava a parte “doméstica” do Posto.

 

Antônio Souza. O primeiro ajudante em Bambuí. Alto, magro, fazia o censo e capturava barbeiros, também ajudando nos primeiros expurgos e reboque de casas.

 

Euclides (Chaves?). Foi também dos primeiros, em 1944, ficando pouco tempo. Participava do censo, serviços gerais e ensaios profiláticos.  Era quem ia buscar ED pela madrugada, na estação. Mais tarde tornou-se funcionário da mesma (RMV).

 

José Magalhães. Bambuiense, mais velho, era caçador. Ajudava nos reboques e caçava reservatórios, principalmente tatus. Morreu de cardiopatia chagásica.

 

Aristides Silvério. O mais humilde, valiosíssimo no trato com todos os pacientes de Bambuí, cujas fichas organizava e, em maioria, conhecia de cor. Colhia ECGs e ajudava em necropsias.

 

José Cândido da Silva. Protótipo de fidelidade, correção e eficiência. Chegou ao Posto aos 12 anos e ali fez de tudo, morrendo 40 anos depois, em plena atividade, de cardiopatia chagásica, como encarregado dos trabalhos. Era motorista, mecânico, rociador, capturador de triatomas e reservatórios, gerente do Posto, organizador de pacientes e de inquéritos de campo. Foi legítimo co autor de JCP Dias em um trabalho sobre Profilaxia Defensiva em doenças de Chagas, publicado na Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo.

 

Alexandrino Fernandes. Família de intelectuais de Arcos, veio para Bambuí nos 1950, tornando- se excelente secretário, que datilografou inúmeros trabalhos de ED. Tornou-se preciosíssimo técnico de Bacteriologia. Já maduro, licenciou-se em português, tornando-se famoso professor em Bambuí. Foi também eleito vereador e presidente da Câmara Municipal. Seu filho Alexandre José Fernandes formou-se em Biologia nos anos 1980, trabalhando no Centro René Rachou e publicando vários trabalhos sobre Tripanossomíase americana.

 

Terezinha Batista Simões. Irmã de Alexandrino, com Jaldária e Nitinha as únicas sobreviventes deste grupo de funcionários. Veio com o irmão e prestou longos e valiosos serviços no Posto, como atendente e auxiliar de laboratório, encarregada do exame de triatomíneos e de toda seção de parasitologia de fezes, trabalho em que se tornou exímia. Também ajudava em eletrocardiograma, tendo estagiado com o Dr. Anis Rassi (Universidade de Goiás) em eletrocardiografia dinâmica (Sistema Holter). Uma de suas três filhas, a Silvia Simões, muito mais recentemente prestou bons serviços ao Posto, na parte laboratorial e de doenças de Chagas experimental.

 

José Joviano Chaves Filho. Bambuiense, genro do José Magalhães, era habilidoso em Histologia e gostava de trabalhos de campo. Muito divertido, tinha opiniões próprias sobre vários assuntos, que discutia em Emmanuel durante partidas de xadrez.

 

Carlota Lygia de Mello. Mocinha e graciosa, veio no início do prédio novo, dedicada à organização de fichas e convocação de pacientes. Faleceu intempestivamente (colecistopatia), deixando muito pesa.

 

Lygia Carlota de Mello. Irmã da anterior, a quem substituiu até meados da década de sessenta, quando deixou o Posto para casar-se. Mesmas atividades, gostava muito de cantar e de dançar, ficou amiga de visitante ilustre como Rodrigo Zeledón e Witremundo Torrealba.

 

João Araújo. Muito bom auxiliar de capturas e expurgos, gostava de caçar, transferiu-se para DNERu. Aprendeu a cuidar de criação de triatomíneos e a capturar caramujos.

 

José Araújo. Irmão mais velho do João, chegou para o grande ensaio de profilaxia de 1955-56. Era bom motorista e rociados. Com bela voz, cantava nos percursos as músicas de Orlando Silva e Nelson Gonçalves. Era campeão bambuiense de snooker, várias vezes jogando (e sempre ganhando) com E. Dias. Foi também para o DNERu.

 

Maria Aparecida Araújo (Nitinha). Irmã dos Araújos acima. Cuidava do prédio e da cozinha, também ajudando com pacientes. Muito delicada, simples e atenciosa.

 

José Serafim de Oliveira. Veio por contrato na verba do DNERu., para expurgos em Bambuí e circunvizinhanças, o que se convencionou chamar “campanha”.

 

Maria das Dores Mourão (Dorzinha). Moça simples, muito recatada e aplicada, fazia serviços de escrita e organização geral de secretaria. Foi contratada pelo DNERu, prosseguindo seus trabalhos no Posto de Divinópolis após o encerramento da campanha em Bambuí.

 

José Octaviano. Veio o Serafim, era vaidoso e namorador. Participou dos ensaios regionais do BHC. Apaixonado por futebol, especialmente pelo seu Vasco da Gama.

 

José Gomes Lamounier. Era o “Benjamim” do grupo D.N.E.Ru., alcunhado de “Gomes”. Bom auxiliar nos expurgos, era responsável por conseguir almoço nas fazendas visitadas. Adorava um baile e uma galinhada na roça.

 

Ayrton José (Silva?). Como o Gomes, era bem jovem quando veio para a “campanha”, ficando na retaguarda e ocupando-se no Posto, de conservação de materiais e manejo do biotério. Por ser muito branco e sardento, os colegas o chamavam de “americano”.

 

Antônio Francisco Galindo. Pernambucano de Pesquisa, era engraçadíssimo, e se incorporou perfeitamente ao grupo de rociadores. No campo era muito aplicado e criativo. Também gostava de caçar.

 

José do Carmo Silveira. Bom datilógrafo, fazia as escritas do Posto. Deixou melancolicamente Bambuí, colocado à disposição do D.N.E.Ru. por Emmanuel Dias, na sequência de equivocados procedimentos e de lamentáveis ingratidão.