Hélio Dias. Foto: Cláudia Gersen
Hélio Benício Dias nasceu em Ipiranga, Minas Gerais. Trabalhador de múltiplas habilidades, ingressou no Instituto René Rachou (IRR) no ano de 2004, como terceirizado. Naquele momento a instituição precisava de uma pessoa de confiança para desempenhar trabalhos de manutenção, e ele foi escolhido pela empresa para suprir essa demanda.
Inicialmente desempenhou tarefas como eletricista, mas logo passou a dedicar-se a serviços de bombeiro hidráulico. Passados dois anos de sua entrada no IRR ocorreu substituição da empresa terceirizada, mas a pedido da chefia Hélio permaneceu como trabalhador do IRR, por meio de contrato com outra firma.
Ao longo dos seus 21 anos na Fiocruz Minas, o funcionário desempenhou diversas tarefas, como soldador, pedreiro, atividades de hidráulica, pintura e qualquer tipo de manutenção predial, exceto, mais tarde, a parte elétrica, que hoje conta com equipe própria. Segundo Hélio, a estrutura da instituição mudou muito nos últimos anos. Quando ele ingressou no IRR existia apenas um funcionário classificado como artífice, que conseguia suprir todas as demandas existentes. Com o passar do tempo, e o crescimento da instituição, a equipe aumentou, e hoje é composta por 6 trabalhadores, pois a quantidade de tarefas é muito grande.
Justamente por isso a maior preocupação de Hélio é desempenhar um bom serviço, dar conta das muitas tarefas a serem feitas, com qualidade e carinho para suprir a expectativa de todos. A dedicação de Hélio rende frutos, pois ele se considera valorizado pelos colegas e, mesmo tendo um perfil mais discreto, tem boa convivência na comunidade.
Por estar a tanto tempo no IRR, Hélio recorda como momentos marcantes, apesar de tristes, o falecimento de pessoas bem quistas, como os pesquisadores Virgínia Schall e Rodrigo Côrrea, e colegas como Seu Abel e Antônio Roberto, pessoas com as quais ele convivia no cotidiano e que fazem falta.
Atualmente, o funcionário diz não ter preocupações com a aposentadoria, pois lhe resta pouco tempo para completar as exigências, e ele espera que seja um momento tranquilo, de descanso. Para Hélio, o IRR sempre ficará marcado em sua vida, pois foi a instituição que ele passou mais tempo trabalhando, proporcionando um bom ambiente de convivência. Por essa razão ele considera que o Projeto Memória é importante, como registro da sua passagem pela Fiocruz Minas, marcando a memória do seu trabalho para o bem da instituição.
Projeto Fiocruz Minas, patrimônio do Brasil: História, memória, ciência e comunidade
Agradecimento: Hélio Benício Dias pela entrevista concedida no dia 27/03/2025, no IRR, Belo Horizonte.