Ambulatório Alda Lima Falcão

Serviço ambulatorial de atenção à saúde especializado em leishmanioses - Ambulatório Alda Lima Falcão. Atendimento médico ambulatorial especializado e apoio diagnóstico a pacientes com suspeita de leishmaniose tegumentar (LT) e leishmaniose visceral (LV).

 

Requisitos para atendimento

Usuários encaminhados por serviços do SUS, portador de ficha de referência com encaminhamento do profissional de saúde vinculado ao SUS e documento de identificação com fotografia.

 

Compromissos da instituição

Garantir acompanhamento por equipe multidisciplinar, buscando a integralidade e resolubilidade das ações de saúde, segundo as diretrizes do SUS. Atender 100% dos pacientes referenciados (encaminhados) aos serviços de saúde do ambulatório, assegurando o acesso às informações de saúde, segundo padrões de qualidade, sigilo e segurança preconizados em procedimento documentado pela unidade.

 

Observações

Não é realizada administração de medicamentos, apenas diagnóstico e acompanhamento.

Endereço:

Av. Augusto de Lima, 1715 - Barro Preto, Belo Horizonte - MG, 30190-009

(Entrada pela Rua Juiz de Fora s/n)

Horário de atendimento

De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

 

Diagnóstico laboratorial

O que é?

 

O Centro de Referência em leishmanioses (CRL) da Fiocruz Minas Gerais (Instituto René Rachou - IRR) realiza a avaliação de pacientes com suspeita de leishmaniose encaminhados das redes pública e privada. Após agendamento por telefone o paciente é acolhido pela secretária que irá coletar os dados pessoais. Em seguida, será encaminhado para consulta médica e coleta de material biológico a critério médico. Quando o diagnóstico de leishmaniose é confirmado, o paciente é encaminhado para tratamento. O tratamento será em posto de saúde ou no Instituto René Rachou ou com internação hospitalar ou em casa, que será determinado pela condição clínica do paciente e tipo de tratamento. Durante o tratamento o paciente tem acompanhamento clínico e laboratorial no IRR, para avaliação de eventos adversos. Após término do tratamento o paciente é acompanhado em consultas médicas no IRR por 1 ano ou 5 anos.

Os seguintes exames laboratoriais poderão ser realizados, se necessários:

Exame direto (imprint) e cultura de aspirado de lesão ou medula óssea, para pesquisa direta do parasito; PCR (Reação em cadeia da polimerase), para pesquisa de DNA do parasito; Hemograma; Exames bioquímicos; Anatomopatologia; Cultura de fungos; Eletrocardiograma.

 

 

Quem pode utilizar este serviço?

  • Cidadãos
  • Órgãos e entidades públicas e privadas

É necessário:

  • ter suspeita de leishmaniose ou ser portador da doença;
  • possuir encaminhamento médico do SUS ou rede particular.

 

Etapas para a realização deste serviço

  1. Agendar consulta

O agendamento deve ser realizado, preferencialmente, por telefone.

Para agendamento é necessário informar:

  • o nome e data de nascimento do paciente,
  • CPF e
  • telefone de contato para confirmação do agendamento.

No dia da consulta serão solicitados o encaminhamento médico e exames médicos recentes (se houver), além de documento de identificação (com foto), cartão do SUS e comprovante de residência.

Ver item “Horários e formas de contato

O agendamento deve ser realizado durante o horário de atendimento do serviço, tendo em mãos os documentos listados. O mesmo canal também pode ser utilizado para esclarecer dúvidas.

  1. Realizar atendimento

O paciente deverá apresentar os documentos para o preenchimento do cadastro no sistema do ambulatório.

Documentação necessária:

  • Documento de identificação com foto
  • Cartão SUS
  • Comprovante de endereço
  • Exames recentes (se houver)
  • Encaminhamento médico

 

Será solicitada assinatura de Termos de Consentimento e autorização para realização de eventuais exames.

 

 

  1. Consultar-se

Realizar Consulta com o médico especializado para confirmação ou não da suspeita de leishmaniose.

O atendimento será realizado de acordo com horário agendado.

Local do atendimento: 

Av. Augusto de Lima, 1715 - Barro Preto, Belo Horizonte - MG, 30190-009.

Entrada pela Rua Juiz de Fora S/N.

 

  1. Realizar exames para diagnóstico

Caso os sinais e sintomas sugiram leishmaniose, o paciente realizará exames de confirmação do diagnóstico (biópsia, aspirado de lesão e coleta de sangue).

Os resultados dos exames NÃO serão fornecidos no mesmo dia

Estes exames podem ser realizados no mesmo dia, porém ao final dos demais atendimentos.

  1. Retornar para consulta e resultado de exames

O paciente será informado por telefone sobre a disponibilização dos resultados e será agendado retorno para entrega deste resultado.

Os resultados serão entregues presencialmente, em consulta no ambulatório.

NÃO é informado resultado por telefone.

Caso seja confirmado o diagnóstico de leishmaniose, o paciente é encaminhado para tratamento na rede pública (ou no IRR, dependendo do tratamento), com acompanhamento semanal presencial na Fiocruz, e receberá orientações médicas, de acordo com a conduta médica a ser adotada. Caso não seja confirmado o diagnóstico de leishmaniose o paciente é contra referenciado para rede pública ou de origem.

 

Horários e formas de contato

  • Horário para atendimento ao público:

Segunda a quinta-feira de 7:30h às 17:00 h

Sexta-feira: 8:00h às 16 h

 

  • Horário de atendimento médico

Turno

Segunda-feira

Terça-feira

Quarta-feira

Quinta-feira

Sexta-feira

Manhã

7:30 a 12:00

-

-

X

X

-

Tarde

13:30 a 17:00

X

X

X

X

-

 

  • Formas de contato:

Por telefone:

  • Agendamento: (31) 3349-7712
  • Outros contatos: (31) 3349-7853 ou (31) 3349-7708

Presencial:

Av. Augusto de Lima, 1715 - Barro Preto, Belo Horizonte - MG, 30190-009

O usuário pode comparecer diretamente ao Ambulatório Alda Lima Falcão, tendo em mãos os mesmos documentos, para agendar uma consulta. Dar preferência para o agendamento por telefone.

 

Conduta para os finais de semana e feriados:

 

  • Paciente adulto com suspeita de leishmaniose visceral: procurar Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima da residência.
  • Paciente pediátrico com suspeita de leishmaniose visceral: procurar o Centro Geral de Pediatria (Hospital Infantil João Paulo II). Telefones: 3239-9000 ou 3239-9074.
  • Paciente do CRL em tratamento para leishmanioses:
    1. Queixas novas (urgência): enviar mensagem via aplicativo Whatsapp pelo número (31) 97227-6484.
    2. Emergências (risco à vida): procurar Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou serviço de saúde mais próximo.

 

Outras Informações

Quanto tempo leva?

O tratamento da leishmaniose tegumentar varia de acordo com o medicamento. É realizado acompanhamento dos pacientes por pelo menos 12 mês(es) após o início do tratamento.

 

Informação sobre quem tem direito a tratamento prioritário

Tem direito a atendimento prioritário no dia da consulta as pessoas com deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60 anos, as gestantes, as lactantes, as pessoas com crianças de colo, pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) e os obesos, conforme estabelecido pela lei 10.048, de 8 de novembro de 2000.

 

 

A.   Perguntas Frequentes

 

Não. A leishmaniose visceral é uma doença que acomete os órgãos internos da pessoa, principalmente baço, fígado e medula óssea. Já na leishmaniose tegumentar, nenhum órgão interno é acometido e a doença provoca aparecimento de feridas em pele e mucosas. São doenças diferentes, causadas pelo mesmo protozoário, porém, de espécies diferentes.

 

Não. Leishmaniose visceral e leishmaniose tegumentar são doenças diferentes, causadas por espécies diferentes do mesmo protozoário. Uma doença não progride para a outra. Logo, aquelas pessoas que têm leishmaniose tegumentar não evoluem para leishmaniose visceral e vice-versa.

 

Não. Os reservatórios da leishmaniose tegumentar são animais silvestres, incluindo roedores, marsupiais, edentados, quirópteros, e canídeos silvestres.

Fonte: Ministério da Saúde (2017). Manual de vigilância da leishmaniose tegumentar

 

 

Já no caso da leishmaniose visceral, o cão (Canis familiaris) é o reservatório da doença na área urbana. Porém, na zona rural, os reservatórios podem ser as raposas (Dusicyon vetulus e Cerdocyon thous) e os marsupiais (Didelphis albiventris).

Fonte: Ministério da Saúde (2017). Manual de vigilância da leishmaniose tegumentar

 

 

Não. O modo de transmissão é por meio da picada de insetos transmissores infectados. Não há transmissão de pessoa a pessoa.

 

Não. A leishmaniose é transmitida por picada do inseto flebótomo, popularmente conhecido por mosquito palha ou birigui e não é transmitida de pessoa a pessoa.

 

Não existe risco de transmissão em compartilhamento de talheres, roupas de banho e cama. A transmissão da leishmaniose ocorre pela picada do inseto flebotomíneo, popularmente conhecido como mosquito palha ou birigui.

 

Não. A leishmaniose tegumentar como doença geralmente não oferece risco à vida.

 

O diagnóstico diferencial com outras doenças sempre deve ser considerado, de acordo com a forma clínica e as características da lesão, e incluem:

- Forma cutânea localizada: tuberculose, micobacterioses atípicas, paracoccidioidomicose cutânea, úlceras de estase venosa, úlceras decorrentes da anemia falciforme, picadas de insetos, granuloma por corpo estranho, ceratoacantoma, carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular, cromoblastomicose, histiocitoma, linfoma cutâneo, esporotricose, piodermites, trauma local, dentre outros.

- Forma cutânea disseminada: histoplasmose, criptococose cutânea, micobacteriose disseminada.

- Forma cutânea difusa: hanseníase virchowiana.

- Forma mucosa: paracoccidioidomicose, carcinoma epidermoide, hanseníase Virchoviana, carcinoma basocelular, linfomas, rinofima, sífilis terciária, perfuração septal traumática ou por uso de drogas, rinite alérgica, sinusite, sarcoidose, granulomatose de Wegener, dentre outras.

 

Exame de sangue não é indicado para o diagnóstico da leishmaniose tegumentar. Os exames realizados para detectar a leishmaniose tegumentar exigem uma amostra do tecido (por exemplo, uma biópsia).  Os exames mais comuns são:

Exame parasitológico direto (imprint da biópsia ou escarificação da lesão),

Exame parasitológico indireto (cultura de material da lesão) ou

PCR (reação em cadeia da polimerase).

 

Não. O teste de Montenegro parou de ser fabricado em 2015. O último lote fabricado terminou em 2016.

 

Sim. Não há indicação de ausência das atividades escolares. É necessário manter a lesão fechada e protegida conforme orientação médica.

 

 

 

Não. Somente o tratamento específico com medicamentos (antimoniato de meglumina, anfotericina B lipossomal e miltefosina) pode prover a melhora e cura da lesão por leishmaniose tegumentar. A indicação do medicamento varia em função da forma da doença, número e localização das lesões e presença de comorbidades.

 

As lesões cutâneas, ao evoluir para a cura, costumam deixar cicatrizes atróficas, deprimidas, com superfície lisa, áreas de hipo ou de hiperpigmentação e traves fibrosas. Algumas vezes podem tornar-se hipertróficas, ou podem passar despercebidas por sua coloração, tamanho, forma ou localização.

 

Não é indicado fazer tatuagem na cicatriz, pois as várias agulhadas da tatuagem na pele cicatrizada podem causar um trauma e  reativar a lesão que já estava cicatrizada.

 

Na evolução da doença, podem surgir intercorrências que exijam cuidados como, por exemplo:

a) A infecção secundária das úlceras leishmanióticas é relativamente comum, sendo a responsável pelas queixas de dor no local das lesões.

b) Eczema de contato ao redor da lesão devido à aplicação de tópicos.

c) Lesões nasais, orais e faringe podem causar sialorreia e dificuldade na deglutição, levando à desnutrição. Por sua vez, se esta desnutrição for clinicamente importante e associada à hipoalbuminemia, ela pode levar a uma diminuição da cicatrização das lesões cutâneas e a um aumento de tempo de cicatrização.

d) Em lesões avançadas da laringe, pode haver perda da voz e obstrução da passagem do ar, obrigando a realização de traqueostomia de urgência.

e) Pacientes com a forma mucosa, mesmo na ausência de lesão laríngea, podem apresentar alterações vocais que persistem após a cura clínica, necessitando de reabilitação vocal fonoaudiológica.

f) Miíase pode surgir como complicação de úlceras.

 

É sempre melhor evitar o consumo de bebidas alcoólicas durante um tratamento com medicamentos, pois sempre pode existir alguma interação e prejudicar sua saúde. É importante entender a importância do tratamento da leishmaniose e que ele é temporário. Mas, caso seja realmente muito difícil evitar o consumo, lembre-se que é essencial continuar o tratamento, sem suspender doses ou aumentar o tempo entre uma dose e outra. Na dúvida, converse com seu médico.

 

Existem diferentes formas de tratar a leishmaniose e a escolha será de acordo com as características clínicas, idade e de saúde do paciente.

Em algumas situações o paciente pode sim realizar o tratamento em sua cidade, mas vai depender de alguns fatores como:

 

Sim. Não só depois que tomar o medicamento. O controle de eventos adversos é realizado ao longo do tratamento, sendo necessário comparecer ao serviço nas datas agendadas. Após a finalização do tratamento, o retorno é necessário por mais algumas vezes para acompanhar a cicatrização e receber alta após confirmação de sucesso do tratamento.

Sim, a ferida deve ser lavada diariamente e após a limpeza deve-se realizar o curativo conforme orientação médica recebida anteriormente.

 

Sim, se não sentir dor ou incômodo, e após orientação médica

 

 

 

 

 

 

Contato

Av. Augusto de Lima, 1715 e 1520 Belo Horizonte, MG, CEP: 30.190-009

+55 (31) 3349 - 7700 (Geral) - Ambulatório: (31) 3349-7712

Para imprensa: comunicacao.minas@fiocruz.br


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