Silmara Matosinhos. Foto: Cláudia Gersen.
O Instituto René Rachou é composto por vários trabalhadores, comprometidos com a missão da instituição em prol da saúde pública brasileira. Além dos servidores concursados, outros colaboradores prestam valiosa contribuição para o IRR.
Silmara Rosa de Matosinhos é uma dessas pessoas. Nascida em Jeceaba, Minas Gerais, ela é graduada em Ciências Contábeis, com especialização na área de saúde, campo pelo qual sempre se sentiu atraída. Seu ingresso na instituição ocorreu por meio de processo seletivo, sendo contratada no regime da CLT, em 1994, pela FioPrev – Instituto Oswaldo Cruz de Seguridade Social, entidade fechada de previdência complementar dos servidores da Fiocruz. No ano de 1991 criou-se a FioSaúde para oferecer uma assistência médica de qualidade aos servidores, tendo o FioPrev assumido a responsabilidade de administrar o plano. No ano de 2011 foi criada a Caixa de Assistência Oswaldo Cruz – FioSaúde, cancelando o vínculo do plano de saúde à FioPrev. Hoje Silmara é funcionária da FioSaúde, respondendo exclusivamente pelo plano de saúde.
Antes dessa reformulação interna, ela era responsável em Minas Gerais pelo fundo de previdência privada, que abrangia carteira de empréstimo, pagamento de suplementações de pensão, aposentadoria e pecúlios, além do plano de assistência médica que tinha rede credenciada própria. No ano de 2013 as unidades da FioSaúde fora do Rio de Janeiro deixaram de ter rede própria, firmando parceria com a CASSI (operadora de plano de saúde dos funcionários do Banco do Brasil) para utilização de sua rede credenciada, onde passaram a oferecer rede mais ampla de prestadores de serviços e começaram a ofertar cobertura odontológica nos novos planos criados nessa época. Segundo Silmara, a partir de então suas atividades passaram a vincular-se à gestão das autorizações da rede, acompanhamento de pacientes internados, internação domiciliar, credenciamento de rede odontológica, suporte e orientação aos beneficiários no dia a dia de uso do plano.
De acordo com Silmara seu trabalho implica em ter empatia com o público, já que lida com pessoas em momentos e situações de vulnerabilidade. Ela considera que sua atuação inclui acolhimento social para ajudar aqueles que precisam de atendimento de saúde. Com 30 anos de IRR Silmara testemunhou muitas mudanças na instituição. A estrutura física era menor, mas isso também propiciava a convivência mais próxima entre todos. Atualmente, com os serviços administrativos alocados em prédio próximo à sede, Silmara opina que, apesar da medida ser necessária por razões de espaço, dificulta o encontro entre as pessoas.
De acordo com a colaboradora, a convivência no trabalho é ótima, mas pode ser desafiante pelas particularidades de cada um. Pelo fato dela não possuir vínculo empregatício com a Fiocruz, porém trabalhar há 30 anos no IRR, ela conta que é preciso ter versatilidade para separar suas obrigações funcionais do convívio cotidiano com os colegas de trabalho.
Silmara se emociona quando recorda episódios com beneficiários que precisaram de assistência de saúde prolongada, e que puderam contar com o suporte do plano, amparando-os e provendo dignidade em momentos de fragilidade física e emocional. Ela se sente valorizada e reconhecida pelos colegas, direção e as inúmeras pessoas que atendeu ao longo da sua jornada no IRR. Por essa razão, ela ainda não considera parar de trabalhar.
Silmara sente que ela é parte da Fiocruz Minas e na instituição conquistou diversos amigos que levará por toda a vida. Segundo a colaboradora, a iniciativa do Projeto Memória, de divulgar a vida profissional dos trabalhadores, é fundamental para que eles se sintam valorizados em vida pela instituição, registrando a memória de todos que participaram da história do IRR.
Projeto Fiocruz Minas, patrimônio do Brasil: História, memória, ciência e comunidade
Agradecimento: Silmara Rosa de Matosinhos pela entrevista concedida no dia 13/02/2025, no IRR, Belo Horizonte.