José Carlos Pereira. Foto: Cláudia Gersen
José Carlos Pereira, também conhecido como Bilu, é natural de São José do Divido, Minas Gerais e atua no Instituto René Rachou (IRR), como trabalhador terceirizado, desde 2007. Segundo ele, sua entrada na instituição ocorreu via transferência, após encerramento de setor da firma onde trabalhava.
Incialmente, a previsão era que José Carlos permanecesse apenas 6 meses no IRR, mas o fato é que ele nunca mais saiu da instituição. Sua função é a de Auxiliar de Manutenção do Serviço de Infraestrutura, mesma ocupação que mantém ao longo de todos esses anos. Ele é responsável, juntamente com uma equipe, de diversos afazeres relacionados à manutenção e conservação da estrutura física da Fiocruz Minas, incluindo pintura, reparos na construção, marcenaria, limpeza da caixa d’água, e qualquer atividade necessária para o cuidado do prédio (excetuando trabalhos no sistema de ar condicionado, rede elétrica e geladeiras).
Segundo José Carlos, quando ele começou a atuar no IRR existiam muitos problemas na estrutura predial, principalmente na parte hidráulica, sendo comum atender chamados de urgência no fim de semana para reparos, como rompimento de canos. Para ele, a situação melhorou nos dias de hoje, em razão da organização do serviço, da realização de manutenções preventivas e da atuação de equipe capacitada para exercer as tarefas.
No seu trabalho, a maior preocupação de José Carlos é prestar um serviço de qualidade, de modo a evitar o surgimento de problemas que possam causar transtornos para as atividades da instituição. Ele afirma que se sente respeitado no ambiente do IRR, convivendo bem com todos. O único momento triste que se recorda foi a perda repentina do colega de trabalho Antônio Roberto, muito sentida pela equipe da manutenção.
Sobre a aposentadoria, José Carlos diz que não pensa no assunto, pois entende que chegado o momento poderá se aposentar normalmente. Sua filosofia de vida é encarar um dia de cada vez, não antecipar preocupações e manter-se tranquilo no cotidiano, desfrutando da estabilidade que conquistou por meio do trabalho. Ele considera importante continuar atuando no IRR, pois já está familiarizado com a estrutura dos prédios, o ritmo do trabalho e as pessoas com quem convive. Após 17 anos na Fiocruz Minas, José Carlos ficou feliz com a oportunidade de compartilhar sua história, para que assim todos possam lembrar e valorizar o papel de cada trabalhador no crescimento da instituição.
Projeto Fiocruz Minas, patrimônio do Brasil: História, memória, ciência e comunidade
Agradecimento: José Carlos pela entrevista concedida no dia 25/02/2025, no IRR, Belo Horizonte.