Carolina Costa. Foto: Cláudia Gersen
Carolina Lara Bicalho Alvares de Souza Chrisostomo Costa, conhecida por todos na Fiocruz Minas como Carol, nasceu em Belo Horizonte e é graduada em Psicologia. Seu ingresso no IRR ocorreu em 2002, quando participou de processo seletivo e foi contratada para apoiar as atividades desenvolvidas na Secretaria da Diretoria.
Seu primeiro vínculo trabalhista com o IRR foi como terceirizada, mas já atuou como bolsista, autônoma, e hoje voltou a ser contratada como terceirizada. Carol permaneceu durante muito tempo no secretariado da Diretoria do IRR, o que lhe deu um amplo conhecimento sobre a instituição e seu funcionamento. Nesse setor ela conviveu com muitas pessoas, desde os diretores, pesquisadores e demais trabalhadores, até visitantes e colegas de outras unidades da Fiocruz.
No ano de 2021 a funcionária passou a trabalhar com a Dra. Zélia Profeta, junto a Coordenação de Estratégias de Integração Regional e Nacional da Presidência da Fiocruz, e no Grupo de Pesquisa Saúde, Educação e Cidadania, setor em que permanece até o presente. Nessa transição, Carol percebeu uma importante mudança de foco em suas atividades, pois se na Secretaria da Diretoria ela tinha uma visão ampla da instituição, no novo setor, que lida com a pesquisa, o olhar é mais verticalizado. Carol desempenha, junto a Fiocruz Minas, atividades variadas, como: preparo de projetos para submissão a agências de fomento e emendas parlamentares, revisão das propostas, operacionalização dos instrumentos e acordos, levantamento de documentos para os editais, submissão dos projetos ao Comitê de Ética em Pesquisa do IRR, compras e contratação de bolsistas, elaboração de relatórios, etc.
Segundo Carol, em seu tempo de trabalho no IRR ela não se sentiu afetada pelas mudanças físicas ocorridas na instituição, mas considera que o crescimento administrativo e de pessoal foram impactantes. O número de funcionários era bem menor, não existia a Pós-Graduação, portanto a relação com os colegas era mais próxima. Carol conta que esse convívio estreito foi proveitoso, pois encontrou pessoas com disposição para ensinar e acolher. Hoje o IRR cresceu muito, e de acordo com Carol, naturalmente as relações se tornaram mais impessoais, pois é impossível conhecer todos os trabalhadores.
A maior preocupação da funcionária no seu cotidiano de trabalho é desempenhar bem suas atividades, prestando o melhor serviço possível, desde as funções burocráticas e rotineiras até aquelas que lhe permitem maior liberdade na concepção do trabalho. Qualquer que seja a tarefa, Carol menciona que se sente feliz e valorizada trabalhando no IRR, gosta da convivência com os colegas e da troca de experiências. Para ela o ambiente de trabalho é ótimo, mas observa que sempre há espaço para melhorar, principalmente no que diz respeito a um olhar institucional mais atento aos funcionários, no sentido valorizar o potencial de cada um.
Segundo Carol, um dos eventos mais marcantes que teve no IRR foi quando do falecimento do seu marido, ocasião muito triste, mas nesse momento ela recebeu acolhida e apoio dos colegas e da instituição, sentindo-se cuidada e apoiada pelo carinho de todos. Para ela, um ambiente de trabalho saudável reflete na própria vida pessoal, pois permite tranquilidade no cuidado com a família. Ela se sente grata por trabalhar no Instituto René Rachou e pelos laços formados com os colegas, principalmente com a pesquisadora Zélia Profeta.
No que diz respeito à aposentadoria, Carol não pensa muito, pois ainda falta um bom tempo de serviço. O que lhe causa preocupação são eventuais mudanças na instituição que possam levar à extinção do seu vínculo com o IRR.
Carol tem orgulho de trabalhar na Fiocruz Minas, de contar para os filhos que atua na instituição. Muitos dos projetos nos quais ela colabora lidam com realidades sociais complexas, como mães com filhos portadores de zika, catadores de recicláveis e outros grupos sociais na luta por direitos, extrapolando os muros do IRR e beneficiando a sociedade.
Para Carol, o Projeto Memória é uma oportunidade de conhecer os trabalhadores da instituição pelo olhar deles mesmos, pois seus depoimentos evidenciam as percepções que têm de suas experiências. Trata-se de uma importante política de valorização dos funcionários, respeitando a maneira como cada qual elabora e compreende suas vivências.
Projeto Fiocruz Minas, patrimônio do Brasil: História, memória, ciência e comunidade
Agradecimento: Carolina Costa pela entrevista concedida no dia 27/03/2025, no IRR, Belo Horizonte.