Ana Beatriz. Foto: Cláudia Gersen
Ana Beatriz Ribeiro de Queiroz, conhecida por todos no IRR como Tiza, nasceu em Belo Horizonte, é bióloga, formada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Ela ingressou no Instituto René Rachou no ano de 1992, por indicação de uma amiga, como bolsista de apoio técnico do Laboratório de Imunologia Celular e Molecular, trabalhando com o pesquisador Rodrigo Corrêa.
Atualmente a funcionária é contratada via CLT, pela Rede de Plataformas Tecnológicas, sendo responsável técnica pela citometria de fluxo. Suas atividades envolvem gerenciar o uso do equipamento, de modo a evitar danos; contratar manutenção; coordenar bolsistas; receber usuário e amostras; adquirir materiais para a plataforma; prestar informações e suporte técnico aos usuários, além de reunir indicadores.
Segundo Ana Beatriz, a citometria de fluxo é uma técnica de suma importância para análise fenotípica do sangue. No IRR são submetidas amostras de pacientes portadores de doença de Chagas, hepatite, leishmaniose, esquistossomose, dentre outras, e pela técnica é possível fazer a marcação de anticorpos de interesse; acompanhar como as doenças estão atuando; averiguar a resposta imune celular e a ação dos linfócitos T. A análise dos dados coletados é feita pelos pesquisadores de cada projeto.
A funcionária conta que quando ela começou a trabalhar na instituição o espaço era menor, depois aumentou, impactando positivamente o funcionamento do Laboratório de Imunologia. Durante muitos anos Ana Beatriz teve vínculo de bolsista, o que gerava preocupação em razão da instabilidade, agora, como CLT, ela se sente mais segura. Apesar dessa importante evolução, ela não se sente valorizada, principalmente na questão salarial, que segundo a trabalhadora não condiz com as responsabilidades do cargo.
Mesmo assim, Ana Beatriz considera que trabalhar na Fiocruz Minas é gratificante, pois trata-se de uma instituição composta por pessoas muito sérias, que trabalham em prol da saúde da população. Ela convive bem com todos os colegas, e menciona gratidão pelo pesquisador Rodrigo Corrêa, pelo cuidado e oportunidades que lhe conferiu, lamentando seu falecimento como uma grande perda.
A funcionária já está próxima da aposentadoria, e como sempre se preocupou com o tema, fez planos e está preparada para o momento. Ana Beatriz gosta do que faz e se sente grata à Fiocruz Minas pela oportunidade de contribuir para as pesquisas desenvolvidas na instituição. Na sua opinião o Projeto Memória é uma forma de valorização dos funcionários, importante registro daqueles que trabalham e dedicam seu tempo para o crescimento do IRR.
Projeto Fiocruz Minas, patrimônio do Brasil: História, memória, ciência e comunidade
Agradecimento: Ana Beatriz, pela entrevista concedida no dia 10/04/2025, no IRR, Belo Horizonte.