Cerca de 900 estudantes de oito escolas públicas de Belo Horizonte e região metropolitana visitaram, na última sexta-feira (25/10), a mostra científica promovida pela Fiocruz Minas, como parte da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Mais que uma feira de exposição de temas científicos, o evento procurou mostrar de que forma a ciência tem contribuído para solucionar os problemas da humanidade, especialmente no que se refere à saúde e a questões ambientais. Para isso, foram usados os mais diversos formatos e linguagens: música, vídeo, ilustrações, oficinas, jogos interativos e vários estandes.
“O grande diferencial é que há uma história por trás de tudo o que está sendo mostrado. Conseguimos apresentar nossas pesquisas e atividades, construindo uma narrativa, possibilitando-nos mostrar as ações dentro de um contexto”, explicou a vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação, Cristiana Brito, organizadora do evento.
Para conhecer a mostra, o público contou com a ajuda de futuros cientistas, hoje alunos de Provoc, iniciação científica e cursos de pós-graduação da unidade. Durante o percurso, visitaram diversos estandes que trazem um pouco da trajetória da Fiocruz Minas no enfrentamento de doenças e de outros problemas que interferem nas condições de saúde da sociedade.
Para Gabriel Henrique, aluno da Escola Estadual Lar dos Meninos São Vicente de Paulo, as explicações recebidas durante a mostra vão ajudá-lo a se proteger. “Já visitei os estandes que falam sobre a dengue, doença de Chagas, esquistossomose. Fiquei sabendo a causa, o diagnóstico e o tratamento para essas doenças. É bom porque a gente pode se prevenir”, comentou o estudante, de apenas 13 anos, que já definiu sua profissão. “Quero ser cientista porque acho a ciência espetacular”, afirmou.
Oficinas e jogos interativos fizeram sucesso entre todas as idades. Outra atividade que chamou a atenção dos visitantes foi o Show de Ciências, ensinando experimentos simples, que podem ser repetidos em casa e na escola.
“Muito interessante. Vários experimentos e misturas top. Gostei demais”, avaliou Breno Ferreira, da Escola Estadual José Bonifácio.
Músicas que remetem ao tema saúde e meio ambiente deixaram a visitação ainda mais animada. No final, o público pode registrar suas impressões, com a ajuda de um ilustrador, resultando em um grande painel.
“Gostei de tudo que vi, especialmente da impressora 3D porque sou muito fã de tecnologia. Outra parte muito interessante foi projeto Wolbachia, que eu não conhecia e gostei de saber que existe”, contou Ludmile Mateus Leite, aluna do Instituto de Educação, que pretende cursar biotecnologia.
Para a vice-diretora de Ensino Fiocruz, além de aproximar a ciência da população, o evento é uma forma de dar um retorno, enquanto instituição pública, à sociedade. “Nossa intenção é chamar atenção para a ciência e atrair mais pessoas para a carreira científica. Alguns até já falaram aqui que participar das atividades está ajudando a decidir a profissão. Ajudar esses jovens a se encontrarem é tarefa nossa”, ressaltou.
Realizada no Centro de Referência da Juventude, no Centro de Belo Horizonte, a mostra também contou com a participação de instituições parceiras, como a Fundação Ezequiel Dias (Funed), com a exposição Serpentes e Aracnídeos, e o Museu Ponto-UFMG, com as galerias de seres vivos e de desafios.
Estiveram presentes as seguintes escolas: Instituto de Educação; Escola Municipal Sobral Pinto; Escola estadual José Mesquita de Carvalho; Escola Estadual Lar dos meninos são Vicente de Paula; Escola Estadual Professor Cláudio Brandão; Escola Estadual Geraldo Jardim Linhares; Escola Estadual Edith de Assis Costa; Escola Estadual Professor José Bonifácio. Além disso, por meio de divulgação no Instagram, também estiveram presentes seis alunas e um professor da Transvest; alunos do Vila lobos, alunos do Programa Jovem Aprendiz de várias escolas.
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