O Parque Municipal Américo Renné Giannetti se transformou, no último sábado (18/10), em um grande espaço de celebração à saúde, à ciência e à vida. Das 9h às 15h, centenas de pessoas participaram do Fiocruz pra Você, evento promovido pela Fiocruz Minas, em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), como parte do Dia D da Campanha de Multivacinação.
Com o mote “Vacina é vida”, a iniciativa reuniu famílias inteiras em um ambiente acolhedor e educativo. Os visitantes puderam atualizar o cartão de vacinas, com imunizantes que fazem parte do calendário nacional do SUS, como os de febre amarela, gripe, varicela, hepatites A e B, HPV, meningite, pólio, tríplice viral e dengue. Durante o evento, 214 doses foram aplicadas.
Além da imunização, o público se envolveu em uma programação diversificada que uniu divulgação científica, cultura e lazer. As crianças participaram de jogos educativos, atividades de colorir e brincadeiras interativas, enquanto adultos conheceram de perto o trabalho desenvolvido pela Fiocruz. Microscópios e lupas estavam à disposição para observação de materiais biológicos, proporcionando uma experiência prática sobre o universo da pesquisa.
As coleções biológicas da Fiocruz Minas também chamaram a atenção, com uma mostra que apresentou exemplares de vetores e moluscos, como triatomíneos (barbeiros) e flebotomíneos, transmissores das leishmanioses. Fotografias e banners explicativos sobre o Aedes aegypti e outros mosquitos completaram a exposição, reforçando o papel da ciência na prevenção e no controle de doenças.
Segundo Fabiana Lara, coordenadora do Comitê de Divulgação Científica da Fiocruz Minas e responsável pela organização, o evento tem um caráter simbólico e educativo. “O objetivo é aproximar a população da ciência e reforçar a importância da vacinação como uma grande conquista da saúde pública. É um dia de celebração da vida, da saúde e do conhecimento”, destacou.
O Fiocruz pra Você integra, neste ano, as comemorações dos 125 anos da Fundação Oswaldo Cruz e também marca os 70 anos da Fiocruz Minas, reafirmando o compromisso da instituição com a ciência, a vida e o bem-estar da população. A ação ocorre simultaneamente em todas as unidades da Fiocruz pelo país, em cidades como Manaus, Porto Velho, Brasília, Eusébio (CE), Teresina, Salvador, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto (SP) e Curitiba.
Entre os visitantes, muitos descobriram o evento ao acaso, como a advogada Rafaela Hidalgo Gonçalves Franco de Carvalho Miranda, que se surpreendeu ao encontrar a mobilização no parque. “Foi uma surpresa quando a gente chegou aqui, viu essa mobilização. Achei superimportante, não tinha como não passar. Tomei a vacina da gripe e levei também minha mãe e meu namorado”, contou. Para ela, a vacinação é um ato de responsabilidade coletiva: “Em muitos países, as vacinas não são gratuitas, e as pessoas sofrem com doenças graves. Ter essa distribuição gratuita e coletiva é essencial. Parabéns à Fiocruz por essa iniciativa.”
A gerente de contas Jade Regina Vieira Veiga também conheceu o evento por acaso e se encantou com o formato. “Vim trazer minhas crianças ao parque e me deparei com o evento. Achei sensacional, porque a vacina salva vidas e previne doenças. Mesmo em um mundo tão conectado, ações assim ainda são fundamentais para reforçar a importância da vacinação”, afirmou. Ela destacou ainda o caráter lúdico da programação: “Está bem legal, é um evento para adultos e crianças, e as crianças acabam sendo multiplicadoras.”
Para a psicóloga Lílian Bernardino, que soube da ação pelas redes sociais, a vacinação é sinônimo de sobrevivência. “Vacina é vida, né? Eu resumo em vida. Quem tem vacina tem probabilidade de sobrevivência. Eu perdi minha mãe para a Covid antes da vacina chegar, então, desde então, corremos para nos vacinar. Somos pró-vacina o tempo todo”, disse.
Já a professora Sílvia Lúcia Pinheiro, que já estava com a vacinação em dia, elogiou a parte científica do evento. “Gostei especialmente da exposição sobre a doença de Chagas. É sempre bom aprender, e é muito bom ver esse tipo de conhecimento acessível aqui no parque.”