Fiocruz Minas celebra Semana Nacional de Ciência e Tecnologia com atividades lúdicas e educativas sobre água, saúde e sustentabilidade

A Fiocruz Minas promove, nos dias 21 e 22 de outubro, a 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). As atividades, que são gratuitas e abertas ao público, acontecem das 8h às 17h, no Centro de Referência da Juventude (Rua Guaicurus, 50, Centro, Belo Horizonte). Com o tema Planeta água: a cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas no meu território, o evento pretende mostrar como os oceanos influenciam o clima, a saúde, a alimentação, a economia, o lazer e a biodiversidade, e reforçar a importância de cuidar da água, recurso que cobre mais de 70% da Terra.

Durante os dois dias, os participantes poderão se aproximar da ciência por meio de exposições, oficinas, jogos, e outras atividades interativas, promovidas por diferentes grupos da Fiocruz Minas e instituições parceiras.  Na atividade O rio que nos atravessa, o público será convidado a percorrer um espaço cenográfico que representa um rio em três momentos: o passado, o presente e o futuro. No primeiro trecho, nascentes e rios preservados remetem a um tempo anterior à degradação ambiental. No segundo, o rio aparece canalizado e poluído, refletindo os impactos da urbanização. Já no último ambiente, mesmo ferido, o rio segue vivo, evocando saberes ancestrais e formas tradicionais de convivência com a água. A proposta convida o visitante a enxergar o rio como um território hidrossocial, onde natureza, sociedade e tecnologia se entrelaçam em disputas, significados e resistências.

A programação também une ciência, agroecologia e arte. Haverá exposições de joaninhas, aquário com espécies do Rio São Francisco, oficinas de reciclagem criativa, atividades artísticas com plantas e apresentações sobre a biodiversidade dos parques de Belo Horizonte. Os participantes ainda vão conhecer ações de combate a incêndios florestais, instalações sobre poluição por plásticos, práticas de descarte correto de resíduos, mamíferos marinhos e peixes de água doce.

Outra atração interessante serão os jogos, como, por exemplo, o Missão Resgate – Salvando Vidas nas Enchentes”, que mostra os impactos das mudanças climáticas na vida humana e animal. Haverá ainda painéis e rodas de conversa inspiradas no livro Ideias para adiar o fim do mundo, de Ailton Krenak, que discutem soluções criativas para desafios ambientais e sociais.

Já quem gosta de decifrar enigmas não vai querer perder os escape rooms. Em um deles, O enigma de Lassance, os participantes precisam decifrar mistérios e encontrar a solução do problema sobre as descobertas da doença de Chagas. Em outro, Cientistas em Ação, os participantes precisam correr contra o tempo para desvendar pistas e usar ferramentas científicas para salvar pacientes de um hospital fictício.

Entre as atrações, também será possível observar ovos, larvas e adultos de insetos vetores da leishmaniose. O público terá, ainda, a oportunidade de conhecer o ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti e aprender sobre prevenção de dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

A programação é voltada principalmente para estudantes de escolas públicas de Belo Horizonte e municípios vizinhos, como Betim, Contagem, Sabará, Santa Luzia e Baldim, e deve receber cerca de 1.500 crianças e adolescentes de 11 a 17 anos.

O evento conta com o apoio e participação de diversas instituições, incluindo secretarias municipais de saúde e meio ambiente de Belo Horizonte, Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Cemig, Copasa, Museu da Puc Minas, Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), entre outras.

A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia da Fiocruz Minas é uma oportunidade para estudantes e comunidade em geral entrar em contato direto com ciência, tecnologia e sustentabilidade, fortalecendo a conscientização sobre o uso sustentável da água, conservação ambiental e saúde pública. “Nosso objetivo é aproximar a população do conhecimento científico por meio de uma linguagem interativa e lúdica, com oficinas, jogos e apresentações. Também buscamos reforçar a importância da sustentabilidade, utilizando materiais reaproveitados na cenografia e nas atividades do evento”, destaca a coordenadora do Comitê de Divulgação Científica da Fiocruz Minas, Fabiana Lara.