Conceição Aparecida de Oliveira

Conceição Aparecida. Foto: Cláudia Gersen

 

Conceição Aparecida nasceu em João Monlevade/MG. Morando no interior ela conta que todos os domingos buscava oportunidades de emprego nos jornais, quando se deparou com um anúncio de trabalho no Instituto René Rachou (IRR). Como ela tinha acabado de completar curso básico de informática, seu currículo foi selecionado, ela fez uma entrevista e foi contratada como bolsista no ano de 1996, pelo Programa de Aperfeiçoamento Profissional.

A funcionária mudou-se para Belo Horizonte e começou trabalhando em dois setores diferentes da instituição, protocolo e secretaria. Conceição conta que temia o fim da bolsa e o encerramento do seu vínculo. Foi então que surgiu uma vaga de trabalho, em 1998, como terceirizado, para a ASFOC, o Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz, para atuar no IRR.

No cargo, Conceição realiza atendimento ao público geral e associados, pagamentos e prestação de contas, captação de convênios, organização de eventos e outras atividades que beneficiem os associados. No ano de 2004 a funcionária graduou-se em Ciências Contábeis, o que aprimorou bastante suas habilidades.

Segundo Conceição, quando ela ingressou no IRR a estrutura era bem menor e as pesquisas eram voltadas para temáticas menos variadas, hoje em dia mudou muito, e a instituição ficou mais complexa. A maior preocupação da funcionária no trabalho é o engajamento dos associados da ASFOC, pois a nova geração de servidores precisa de uma comunicação mais aprimorada de forma a compreender o importante papel do sindicato.

A funcionária conta que se sente valorizada pela instituição, chefia e colegas, a convivência é muito boa e ela fez vários amigos no trabalho. Isso não quer dizer que não ocorram divergências, mas os casos sempre são encaminhados de modo respeitoso. Conceição aponta que a contratação para trabalhar na ASFOC mudou sua vida profissional e pessoal, pois ela conseguiu estabilidade no emprego e todos que passam pelo sindicato reconhecem seu trabalho, mantendo-a na função. A funcionária se preocupa com o momento da aposentadoria, pois as vezes se sente cansada física e mentalmente, temendo não conseguir esperar o tempo que falta.

Conceição menciona que considera importante trabalhar no IRR, pois está envolvida em uma instituição que faz pesquisa e preza pela saúde dos brasileiros. Ela se diz grata pela boa convivência e amizade de todos, e pelo aprendizado que propiciou seu desenvolvimento profissional e psicológico. Ela expressa gratidão especial a Roberto Sena Rocha, que a indicou para o cargo, e às colegas Neusa Araujo, Lázara Barroso e Cláudia Gersen.

Segundo Conceição, o Projeto Memória é uma excelente iniciativa, pois todos podem conhecer quem passou pelo IRR, resgatando a identidade e a memória dos trabalhadores, tanto dos que já se aposentaram como daqueles que permanecem na ativa.

 

 

Projeto Fiocruz Minas, patrimônio do Brasil: História, memória, ciência e comunidade

 

Agradecimento: Conceição Aparecida, pela entrevista concedida no dia 10/04/2025, no IRR, Belo Horizonte.