A Fiocruz Minas estará presente no 14º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva – Abrascão 2025, promovido pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), entre os dias 28 de novembro e 3 de dezembro, em Brasília. Com o tema Democracia, equidade e justiça climática: a saúde e o enfrentamento dos desafios do século 21, o evento reafirma o compromisso da Abrasco em abrir espaço para a discussão das grandes questões que atravessam a vida social contemporânea, fundamentais para a promoção do bem viver. Ao colocar o clima no centro do debate, associado à equidade e à democracia, reforça-se a necessidade de compreender e propor estratégias para enfrentar os impactos das emergências climáticas, que incluem desde prejuízos à biodiversidade até o racismo ambiental e o sofrimento humano decorrente dessas transformações. A Fiocruz Minas terá ampla participação de estudantes e pesquisadores vinculados a diferentes grupos de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, segundo a coordenadora do Programa, Paula Dias Bevilacqua. O evento será uma oportunidade importante para dar visibilidade à produção científica desenvolvida na instituição e fortalecer o diálogo com a comunidade acadêmica da área.
O Núcleo de Estudos em Envelhecimento contará com uma participação expressiva. Célio Júnio do Carmo Costa apresentará Fatores associados à resiliência psicológica em adolescentes e adultos emergentes: Projeto Saúde Brumadinho; Gabriel Acácio Pena de Menezes abordará Suicídios no município de Belo Horizonte: análise de tendência temporal e impacto da covid-19 segundo variáveis sociodemográficas nos últimos 25 anos; Karine Amélia Alves de Souza Oliveira levará o estudo Prevalência de multimorbidade em idosos não institucionalizados de Minas Gerais: análises das desigualdades sociais em saúde; e Luciana Ramos Plastino discutirá a Análise espacial dos níveis de metais em município atingido por rompimento de barragem de rejeitos de mineração: Projeto Saúde Brumadinho. Também compõem o grupo Luiza Oliveira Santos, com Análise da interseccionalidade na mortalidade geral e por causas específicas em brasileiros com 50 anos ou mais: evidências do ELSI-Brasil; Nayara Trovão da Silva, com Desigualdades espaço-temporais da morbimortalidade da esquistossomose no Brasil: saneamento e fatores sociais associados, 2001-2021; Paula Junqueira Mota, que apresentará resultados sobre Concentração de arsênio em urina dos moradores de Brumadinho após o rompimento da barragem; Samantha Stephany Prado Brazão, com Morbimortalidade por sífilis gestacional e congênita em Minas Gerais: análise temporal em 15 anos e impacto da pandemia; e Taynãna César Simões, com estudos sobre análise temporal, espacial e fatores associados à morbimortalidade por sífilis adquirida, gestacional e congênita em Minas Gerais, além do trabalho Mapeamento e identificação de setores censitários de altas prevalências e sobreposições de condições de saúde desfavoráveis: resultados do Projeto Saúde Brumadinho.
O grupo Políticas Públicas e Direitos Humanos em Saúde e Saneamento terá contribuições de Agda Marina Ferreira Moreira, que apresentará A saúde quilombola sob a perspectiva do acesso ao saneamento: o caso da comunidade quilombola de Curtume, Vale do Jequitinhonha/MG; Bianca Retes Carvalho, com o estudo Saneamento, saúde e bem viver entre os indígenas Tikúna (AM); Bruno Guerra de Moura von Sperling, com Uma reconstrução da história de políticas públicas sobre saneamento indígena no Brasil; Helton Barbosa Damian, com Determinação social da saúde: um paradigma dinâmico da saúde coletiva utilizado pela epidemiologia crítica; e Priscilla Victória Rodrigues Fraga, que discutirá De muros simbólicos a pontes concretas: desafios para a qualificação do acesso à saúde das pessoas em situação de rua.
No grupo Políticas Públicas e Proteção Social, Ana Carolina de Moraes Teixeira Vilela Dantas apresentará o trabalho A saúde na perspectiva de mulheres com trajetória de vida nas ruas”. Ana Luísa Jorge Martins levará ao congresso o estudo Caminhos na saúde para operacionalização do princípio ‘não deixar ninguém para trás’ da Agenda 2030 em municípios, enquanto Joelson Rodrigues de Souza debaterá Análise dos registros de atendimento dos Consultórios na Rua em Belo Horizonte/MG: limites e implicações para a gestão do cuidado à população em situação de rua. Também integra o grupo Rafaela Alves Marinho, com o trabalho Análise de barreiras e facilitadores de acesso a serviços de saúde mental voltado ao cuidado em álcool e outras drogas pela população em situação de rua de Belo Horizonte.
Do grupo Violências, Gênero e Saúde, participará Amanda Laís Gonçalves Gama Pereira, com o trabalho Mulheres trans em situação de rua: estratégias de cuidado em saúde e proteção no contexto da rua. Do grupo Saúde, Educação e Cidadania, Andréia Luciane Sol Souza apresentará reflexões sobre a problemática do “lixo” a partir de um diagnóstico realizado por um comitê popular para o enfrentamento da dengue, zika e chikungunya em Betim (MG). Já o Grupo de Estudos Transdisciplinares em Tecnologias em Saúde e Ambiente será representado por Sandra das Dores Souza, com o trabalho “Determinação social da saúde: um paradigma dinâmico da saúde coletiva utilizado pela epidemiologia crítica”.
A participação diversificada demonstra a força da produção científica da Fiocruz Minas e reforça o compromisso institucional com a promoção de debates que contribuam para a construção de políticas públicas mais justas, inclusivas e alinhadas aos desafios contemporâneos da saúde coletiva. Importante ressaltar que, atualmente, a Abrasco é presidida pelo pesquisador da Fiocruz Minas Rômulo Paes.