Fernanda Gambogi. Foto: Cláudia Gersen
Natural de Formiga/MG, Fernanda Gambogi é biomédica. Seu ingresso no Instituto René Rachou (IRR) ocorreu em 2007, por meio de informação repassada por uma amiga, sobre existência de vaga disponível na instituição. Ela enviou currículo e foi selecionada, como bolsista, para atuar no Laboratório de Entomologia Médica. Permaneceu ali por 3 anos, desempenhando atividades de multiplicadora de qualidade e tecnologista do microscópio laser confocal.
Em 2010 foi transferida para o grupo de Imunologia Celular e Molecular, onde trabalhou com pesquisa clínica, processamento das amostras, e logo passou a coordenar estudos clínicos. Fernanda atuou por 10 anos nesse grupo, até o início da pandemia de Covid-19, momento em que os projetos foram encerrados e sua bolsa finalizada. Porém, quatro meses após seu desligamento do IRR ela foi convidada pelo Dr. Marco Antônio Silva Campos para integrar o grupo de Imunologia de Doenças Virais, na área de qualidade. A colaboradora permanece até hoje nesse local, e atualmente trabalha como apoio gerencial do grupo. Suas atividades consistem em fazer um elo entre os processos da qualidade e da pesquisa.
Segundo Fernanda, nos anos em que está no IRR ela testemunhou muitas mudanças estruturais. Além das manutenções cotidianas, foram realizadas ampliações, modernização dos equipamentos e dos espaços, o que melhorou a prática de trabalho. Para a colaboradora, o ambiente de convivência é saudável, ela fez muitas amizades na instituição e se sente valorizada. Pontua, porém, que por vezes o dia-a-dia da pesquisa é solitário, pois cada qual está envolvido com seus projetos e estudos, e não existe muito conhecimento sobre o que os colegas estão realizando.
Sua maior preocupação no trabalho é contribuir para que as pesquisas feitas no IRR possam de alguma forma ser aplicadas em benefício da sociedade, de uma maneira mais direta. Uma das lembranças mais marcantes de Fernanda no IRR foi o período em que a instituição promovia eventos externos, nas ruas que circundam o prédio, como o Fiocruz Minas Para Você, que despertava interesse, entusiasmo e curiosidade em adultos e crianças, e fazia a instituição ser mais conhecida pela população.
A colaboradora se preocupa com a aposentadoria em razão do vínculo frágil como bolsista, categoria que não tem qualquer direito. Mas ela pondera que o mercado de trabalho tampouco oferece condições melhores, e estando familiarizada com a instituição, e gostando do que faz, prefere permanecer no IRR.
Fernanda afirma que acha importante trabalhar na Fiocruz Minas, pela grandeza dos estudos desenvolvidos e a convivência com pesquisadores de diversas áreas. Também destaca a oportunidade que teve em crescer e aprimorar seus conhecimentos, ressaltando que na instituição existe muito incentivo para a realização de cursos.
Fernanda agradece a oportunidade de falar sobre sua carreira no IRR e destaca a importância da iniciativa, pois é uma forma de preservar a história através do depoimento dos trabalhadores, que são os que realmente constroem a instituição.
Realização: Núcleo de Memória Institucional do Instituto René Rachou
Agradecimento: Fernanda Gambogi, pela entrevista concedida no dia 04/06/2025, no IRR, Belo Horizonte.