Conversa rápida com dois futuros cientistas

30/10/2019

Se para muita gente escolher uma profissão é tarefa complicada, para Maria Luiza Nogueira Pacheco e Vítor Gabriel Duarte de Oliveira, alunos da Escola Estadual Lar dos Meninos São Vicente de Paula, essa questão já está resolvida. Aos 14 anos, os dois adolescentes, que visitaram a mostra científica da Fiocruz Minas na última sexta (25), já sabem bem o que querem fazer da vida: ser cientistas. “Quero ser cientista porque gosto muito de aprender coisas novas e, na ciência, a gente está sempre descobrindo coisas que ainda não sabia”, explica Maria Luiza. “E eu quero ser médico, quero estudar as doenças e tentar ajudar as pessoas”, afirma Vítor. Na família dos adolescentes, não há ninguém nesse meio. O interesse surgiu na escola, a partir da convivência com os professores. “Comecei a gostar de ciência com a professora do 3º ano”, diz Vítor. “No meu caso, ciência não era minha matéria preferida, mas, com o prof. Artur, comecei a entender a ciência. E, quando a gente entende, passa a gostar”, revela Maria Luiza. Para os estudantes, visitar a mostra despertou ainda mais o interesse pela área da área. “Adorei o estande da genômica, que mostrou que as células mortas podem se regenerar”, conta Vítor. “Gostei das explicações sobre os medicamentos e como o desenvolvimento deles é longo e complicado”, diz Maria Luiza. E daqui a 10, 15 anos, o que será que os dois futuros cientistas imaginam estar fazendo? “Não consigo me enxergar no Brasil porque acho que a educação por aqui está muito complicada. E, além disso, as pessoas ganham pouco. A ciência não é valorizada. Por isso, quero ir morar fora”, planeja Maria Luiza. “Nunca me imaginei no futuro. Só sei que quero ser médico, pesquisar doenças e ajudar as pessoas. Só isso’, diz Vítor.

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