06/09/2016
Por Sílvia Amâncio
Na última semana de setembro deste ano, pesquisadores da Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG), do Centro de Pesquisas René Rachou/Fiocruz Minas (CpQRR/Fiocruz Minas) e da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (FAE/UFMG) concluíram os trabalhos na Terra Indígena Xakriabá, no município de São João das Missões (Norte de Minas). No ano de 2008, o CPqRR/Fiocruz Minas iniciou suas atividades de pesquisa sobre aLeishmaniose Tergumentar Americana (LTA) na Terra Indígena Xakriabá, constituída por 36 aldeias em um território de mais de 50.000 hectares, a maior Reserva Indígena da Região Sudeste do Brasil. O início Em 2007, quando foi convidada para falar sobre doenças parasitárias na FAE/UFMG para professores indígenas, Célia Gontijo, líder do Grupo de Estudos em Leishmanioses da Fiocruz Minas, notou que uma das alunas, uma professora da etnia Xacriabá, apresentava feridas características na pele. “Falamos de várias doenças e quando fomos falar sobre a Leishmaniose, mostrando figuras, muitos relataram que já tinham visto aquele tipo de ferida, inclusive a professora, que estava com uma ferida na perna”, recorda. Assim, em conversa com outros docentes da UFMG, a pesquisadora ficou sabendo de um programa de Internato Rural em São João das Missões, dos cursos de Enfermagem, Medicina e Odontologia e resolveu fazer uma visita na região e presenciar a situação epidemiológica na Reserva, com a pesquisadora Elizabeth Moreno (que hoje atua na Fundação Hemominas). “Fomos à Secretaria Municipal de Saúde e constatamos vários registros da doença. A estrutura de atendimento era muito precária, mas os trabalhadores da Enfermagem já realizavam um trabalho com os estudantes de Medicina e confirmaram vários casos. Daí nasceu nossa ideia de iniciarmos um projeto com apoio de uma agência de fomento, para apoio financeiro em uma região de difícil acesso, quase divisa com a Bahia”, diz.Av. Augusto de Lima, 1715 e 1520 Belo Horizonte, MG, CEP: 30.190-009
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