Fiocruz Minas estará no MedTrop 2025, em João Pessoa

Entre os dias 1º e 5 de novembro, pesquisadores da Fiocruz Minas participam da 60ª edição do Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MedTrop 2025), que será realizado no Centro de Convenções de João Pessoa (PB). Organizado pela Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), o MedTrop é considerado o maior evento multidisciplinar da América Latina na área, reunindo mais de três mil profissionais, entre pesquisadores, professores, estudantes e profissionais de saúde.

Com o tema central “Mudanças climáticas e impactos nas doenças tropicais”, o congresso propõe um amplo debate sobre os desafios atuais e futuros da medicina tropical, com destaque para as doenças transmitidas por vetores, a resistência antimicrobiana, o fortalecimento da vigilância em saúde e as estratégias de enfrentamento de novas enfermidades após a pandemia de covid-19.

Além da programação principal, o MedTrop 2025 inclui cursos pré-congresso e eventos satélites, como o ChagasLeish, nos quais os pesquisadores da Fiocruz Minas também terão expressiva participação.

Pré-congresso- As atividades do pré-congresso acontecem nos dias 1º e 2 de novembro, com uma programação que inclui cursos ministrados por diversos profissionais da Fiocruz Minas. O pesquisador José Dilermando Andrade Filho atuará como debatedor do Curso de Flebotomíneos – 2025: desafios na pesquisa básica sobre flebotomíneos, além de ministrar o módulo Introdução aos Flebotomíneos. A pesquisadora Débora Cristina Capucci será responsável pelo módulo Metodologias de coleta de flebotomíneos.

A tecnologista Mariana Junqueira Pedras será debatedora do tema Manejo clínico-laboratorial da leishmaniose tegumentar na rede de atenção, além de ministrar o módulo Diagnóstico Laboratorial.

Já o tema Triatomíneos: educação em saúde no contexto da vigilância entomológica da doença de Chagas terá coordenação de Raquel Aparecida Ferreira, Sílvia Ermelinda Barbosa Leite e Eduardo Ribeiro de Oliveira, e Liléia Gonçalves Diotaiuti como debatedora. Raquel também ministra o módulo Vigilância comunitária da doença de Chagas: reflexões a partir de experiência em área de alto risco de reinfestação de triatomíneos em Minas Gerais.

A participação dos pesquisadores da Fiocruz Minas também se estende a diversas mesas-redondas e conferências. No dia 3 de novembro, o pesquisador Rubens Lima do Monte será o moderador da mesa Novas formulações vacinais brasileiras. Na mesa Diagnóstico, tratamento e vigilância ambiental para a esquistossomose mansoni: estamos avançando?, a pesquisadora Cristina Toscano abordará o tema Diagnóstico laboratorial da esquistossomose: temos avanços?, enquanto Roberta Lima Caldeira apresentará o tema Revelando o invisível: detecção de Schistosoma mansoni na água utilizando o DNA ambiental (eDNA).

No dia 4, o pesquisador Ricardo Gazzinelli participa da mesa temática Situação atual da produção de vacinas para covid-19 financiadas pelo MCTI, em que fará apresentação intitulada SpinN-Tec: uma vacina baseada em linfócitos T para covid-19.

A diretora da Fiocruz Minas, Cristiana Brito, estará na mesa-redonda Um novo olhar para as parasitoses endêmicas, apresentando o tema Como fazer a divulgação do conhecimento produto da academia: malária, além de moderar a miniconferência Genômica populacional de Plasmodium vivax: implicações para controle e eliminação.

A pesquisadora Rafaella Fortini moderará a mesa Condições e sequelas pós-covid e apresentará o tema Caracterização de biomarcadores para as condições pós-covid.

Já no dia 5 de novembro, a mesa-redonda Inovação em malária com vistas à eliminação contará com Cristiana Brito, que apresentará Diagnóstico de malária (incluindo P. simium) e sua implicação na eliminação de malária.

O pesquisador Olindo Assis Martins Filho participa da mesa Vacina de febre amarela: evidências atuais sobre duração da imunidade e segurança, com a apresentação Estudo de febre amarela: dados de imunidade humoral e celular com 1 e 4 anos.

Rafaella Fortini fará a miniconferência Condições pós-covid: diretrizes e condutas para pacientes com sequelas crônicas, além de moderar a mesa Estratégias para ampliação de cobertura vacinal.

Na mesa-redonda Estratégias de atuação dos Programas Translacionais da Fiocruz: desafios e perspectivas, Roberta Caldeira apresentará a Rede Fio-Schisto, enquanto Rubens Lima do Monte falará sobre a Rede Fio-Leish.

ChagasLeish- Os pesquisadores da Fiocruz Minas também terão papel de destaque no ChagasLeish, evento satélite do MedTrop. No dia 3, Ricardo Gazzinelli fará a miniconferência Desafio da vacinação contra T. cruzi.

Olindo Assis Martins Filho coordena a mesa Inovações no diagnóstico da doença de Chagas: prioridades nos diferentes territórios, na qual ministra o tema Inovações no diagnóstico sorológico universal e genótipo-específico na doença de Chagas.

O pesquisador Luiz Alcântara participa de miniconferência coordenada por Andréa Teixeira, com o tema Projeto NAVIO: Navegação ampliada de vigilância intensiva e otimizada aplicada ao estudo epidemiológico da doença de Chagas e leishmanioses nas comunidades ribeirinhas do Rio Paraguai.

Outros destaques incluem a mesa Vigilância popular com experiências inspiradoras, coordenada por Raquel Aparecida Ferreira e Liléia Diotaiuti, e a Oficina de Planejamento da Vigilância com Participação Popular, ministrada por Marcelo Barbosa Mota.

Raquel também será debatedora na mesa Leishmanioses: vigilância e controle na perspectiva da saúde única, na qual Edelberto Santos Dias ministra o tema Leishmaniose visceral em área de visitação: vigilância vetorial, controle e diagnóstico molecular no zoológico de Belo Horizonte (MG). Raquel apresentará, ainda, o tema Postos de Informação de Triatomíneos (PITs): experiência em área de alto risco de reinfestação em Minas Gerais, e Carina Margonari conduzirá Vamos tomar um café e falar de Leish?.

A tecnologista Érica Alessandra coordena a mesa Imunopatologia da doença de Chagas, com Andréa Teixeira como debatedora. Juntamente com Vanessa Peruhype, Érica também participa da sessão de temas livres.

A expressiva presença da Fiocruz Minas no MedTrop 2025 reforça o compromisso da instituição com a pesquisa, a inovação e a formação de profissionais voltados ao enfrentamento das doenças tropicais e à promoção da saúde pública. Além de compartilhar experiências e resultados científicos, os pesquisadores contribuem para ampliar o diálogo entre ciência, políticas públicas e sociedade, em um espaço que se consolida há seis décadas como o principal fórum de discussão sobre medicina tropical na América Latina.