Luciana Lisboa Mota e Castro

 

Luciana. Foto: Cláudia Gersen

 

 

 

Nascida em Belo Horizonte, Luciana Lisboa é bióloga, formada pela Universidade Federal do Espírito Santo. No ano de 2003, em busca de oportunidades de trabalho, enviou currículo para o Instituto René Rachou (IRR) e foi selecionada para trabalhar como bolsista de apoio técnico de pesquisa no então Laboratório de Imunologia, liderado por Rodrigo Corrêa.

 

Ali ela desenvolveu atividades diversas, como gerenciamento de materiais e estoque, preparação de reagentes e soluções, calibração de equipamentos, treinamento de colaboradores, confecção de documentos de qualidade. Segundo a colaboradora, após a centralização do serviço de secretariado do IRR, ela ficou encarregada de algumas tarefas burocráticas ligadas ao laboratório. Com o tempo também assumiu o papel de multiplicadora da qualidade e mais tarde como Apoio Gerencial à pesquisa. Luciana conta que após anos trabalhando no Grupo de Imunologia, e devido a mudanças no setor, resolveu partir para outros desafios. Em 2025 passou a atuar no grupo de Pesquisas Clínicas, na função de apoio gerencial, saindo da bancada de laboratório. Ela realizou diversas capacitações para assumir a nova atividade.

 

A colaboradora afirma que a estrutura física e organizacional do IRR mudou muito nos 22 anos em que ela está na instituição. Reformas foram realizadas, melhorando o espaço. Do ponto de vista organizacional, ela destaca que desde 2023 o pessoal de apoio técnico foi autorizado a assumir o gerenciamento de laboratórios, o que ela considera uma mudança positiva, pois é um primeiro passo para valorização da categoria., mas que dentro dos grupos de pesquisa as lideranças poderiam prestigiar mais os trabalhadores.

 

Uma das preocupações de Luciana é a aposentadoria, em razão da fragilidade do vínculo de bolsista. Apesar de realizar contribuição previdenciária própria, existe o constante temor de não renovação da bolsa. Ela pondera que continua no IRR em razão de gostar do que faz, e por já estar muito adaptada à instituição. Segundo a colaboradora, a convivência com os colegas é boa, apesar das distintas personalidades que precisam ser levadas em conta. Avalia que a comunicação poderia melhorar, principalmente para fomentar a integração entre pesquisa, ensino e gestão.

 

Como lembrança significativa ela destaca o ano de 2010, importante na sua vida profissional, pois ela acumulou as funções de técnica de laboratório e multiplicadora da qualidade. A circunstância gerou ansiedade diante de tantas tarefas, mas ela conseguiu se adaptar e cumprir todas as funções. Outro momento marcante para Luciana foi o repentino falecimento do pesquisador Rodrigo Corrêa, que entristeceu e afetou todos que trabalhavam no grupo de Imunologia.

 

Para a colaboradora é importante trabalhar na Fiocruz Minas, instituição reconhecida mundialmente, que produz tantos benefícios para os brasileiros. Mas ela considera que o IRR é pouco reconhecido em termos regionais, e que esse cenário poderia mudar com a ampliação, por exemplo, de laboratórios de referência.

 

Luciana afirma que gosta de trabalhar no IRR, da convivência com os pesquisadores e dos amigos que fez para toda a vida. Sobre o Projeto Memória, ela menciona o quanto ficou feliz com o convite para dar seu depoimento e contar suas experiências. Trata-se de uma importante forma de valorização das pessoas que vestem a camisa da Fiocruz Minas.

 

 

Realização: Núcleo de Memória Institucional do Instituto René Rachou

 

 

Agradecimento: Luciana Lisboa, pela entrevista concedida no dia 08/05/2025, no IRR, Belo Horizonte.