Aline Sodré. Foto: Cláudia Gersen
Natural de Belo Horizonte, Aline está finalizando sua graduação como Tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos, na Faculdade Estácio de Sá. Ela ingressou no Instituto René Rachou (IRR) em 2007. Naquela época, soube da abertura de vaga por meio da irmã da pesquisadora Virgínia Schall (Dra. Elizabeth), com quem trabalhava no Hospital Universitário São José, no setor de ultrassom. Aline participou de diversas entrevistas e foi selecionada como secretária terceirizada, do Laboratório de Educação em Saúde, chefiado pela Dra. Virgínia.
Segundo Aline, desde que ingressou no IRR a estrutura mudou muito. Antes cada Laboratório possuía uma secretária, mas hoje o secretariado funciona como um setor, que é a Secretaria Administrativa (SECAD). De acordo com a funcionária, apesar da correria do dia a dia e dos muitos desafios, os colegas encontram apoio uns nos outros para seguir em frente com bom humor e parceria. Aline trabalha no cargo de assistente administrativo, e divide com colegas diversas responsabilidades, gerindo toda a burocracia dos pesquisadores, incluindo, por exemplo, encaminhamento de documentos, marcação de viagens, atualização de currículos Lattes, dentre outras atividades. Aline conta que com o desmembramento dos antigos Laboratórios em vários Grupos de Pesquisa, o volume de trabalho aumentou bastante.
Para ela o maior desafio dentro da instituição é a falta de reconhecimento pelo trabalho que desempenha. Com a centralização das atividades na SECAD as demandas cresceram, ela precisa lidar com pessoas de personalidade diversa, que por vezes expressam suas necessidades por meio de atitudes assediadoras. A pulverização do trabalho dificulta o entendimento de que as secretárias precisam atender a todos, seguindo o fluxo dos pedidos. Para Aline, outro elemento frustrante é o fato dos colaboradores terceirizados não terem um plano de carreira interno, permanecendo na mesma função em que foram contratados, o que desestimula o trabalhador ao longo prazo. Ela também se preocupa com a aposentadoria, tendo em vista que sendo terceirizada seu contrato sempre corre o risco de ser interrompido.
A funcionária menciona que o salário é bom, mesmo assim ela não se sente valorizada pela instituição. Por outro lado, Aline comenta do reconhecimento e da boa relação com colegas/amigos do setor, que são unidos e buscam o melhor para a equipe, sem disputas pessoais. Entre as melhores lembranças de sua trajetória no IRR, Aline destaca com carinho o período em que trabalhou com a Dra. Virgínia — a quem agradece, emocionada, por tudo o que aprendeu ao longo dos anos. Ela também é grata à Dra. Maria Fernanda, com quem teve grande aprendizado e uma boa relação de trabalho. Para Aline, fazer parte do IRR é motivo de orgulho: uma instituição de pesquisa respeitada, onde ela pôde adquirir conhecimento e crescer profissionalmente ao longo do tempo.
Sobre o Projeto Memória, Aline conta que se sentiu feliz e honrada por ter sido incluída — afinal, nunca imaginou que os colaboradores terceirizados também seriam convidados a participar. Durante a entrevista, tomada por lembranças, vieram as lágrimas… e, logo depois, um sorriso! Pela primeira vez, desde a mudança dos grupos para um setor que atenderia todo o IRR, ela se sentiu valorizada. Afinal, teve a chance de compartilhar suas memórias, dividir experiências e contar um pouco da sua trajetória e contribuição na construção da história da Fiocruz Minas.
Realização: Núcleo de Memória Institucional da Fiocruz Minas
Agradecimento: Aline Sodré, pela entrevista concedida no dia 29/04/2025, no IRR, Belo Horizonte.