Lorena Santos. Foto: Cláudia Gersen
Lorena é bióloga, nascida em Belo Horizonte. No ano de 2000 ela ingressou no Instituto René Rachou (IRR) como bolsista de Iniciação Científica, por meio de processo seletivo, no Laboratório de Imunologia Celular e Molecular, chefiado pelo pesquisador Rodrigo Corrêa. Atualmente, Lorena desempenha a função de apoio técnico na pesquisa, como bolsista, na Plataforma de Citometria.
Suas atividades abrangem, dentre outras, suporte a pesquisas internas e externas que demandam a Plataforma, atendimento aos usuários, análise de dados, aquisição de amostras, prestação de consultoria em outras instituições sobre as técnicas da Plataforma. Segundo a colaboradora a estrutura do IRR mudou muito nos últimos anos, além das reformas físicas, as condições de segurança melhoraram, os laboratórios possuem equipamentos modernos, essenciais para a pesquisa, e os freezers e geladeiras contam com mecanismos de segurança de temperatura, evitando perda de materiais.
Lorena afirma que mesmo sendo bolsista ela se sente como uma funcionária da instituição. Sua maior preocupação na carreira é a insegurança do vínculo de trabalho, já que as oportunidades de concurso são raras e nem sempre contemplam sua área de atuação. Como desafio ela cita a necessidade de estar sempre atualizada com as inovações da pesquisa e dos equipamentos, investindo em capacitação para desempenhar bem o trabalho.
Para a colaboradora a convivência com os colegas é ótima, mas a estrutura física ainda é limitada para uma instituição tão grande e importante. Lorena se considera valorizada pela instituição, pelos colegas, líderes e a direção em geral, pois se até o momento continua no IRR é porque seu trabalho é reconhecido. Dentre as muitas lembranças marcantes que têm na instituição, ela cita o momento em que adoeceu gravemente e teve todo o apoio da Fiocruz Minas, chefia e colegas, para realizar seu tratamento, sem suspensão da bolsa. Tal fato lhe proporcionou tranquilidade para se dedicar ao processo de cura, tendo recebido também apoio emocional e ajuda dos colegas, hoje amigos, a quem ela expressa enorme gratidão. Esse sentimento inspirou Lorena a escrever um livro, intitulado Gratidão, gratidão: escolhi viver, publicado em 2019, onde ela conta sua jornada de recuperação.
A colaboradora considera muito importante trabalhar na Fiocruz, por ser uma instituição reconhecida nacional e internacionalmente, pautada pela ética e pelo respeito; para ela é um grande orgulho ter no currículo o nome da Fiocruz. Com relação ao futuro, Lorena se preocupa com a aposentadoria em razão do vínculo de bolsista, mas ela se planeja realizando contribuição previdenciária. Porém, considera que a Fiocruz como um todo poderia criar uma política voltada para os bolsistas, que são essenciais para o funcionamento da instituição, com programas de apoio e proteção visando diminuir a vulnerabilidade dessa categoria.
Para Lorena, trabalhar no IRR significou a conquista de muitas amizades e o orgulho de fazer parte da história da instituição. Sobre o Projeto Memória, a colaboradora destaca como ele é importante para que o trabalhador se sinta valorizado e lembrado, e ela se emociona com a oportunidade de partilhar suas memórias e sua trajetória profissional no IRR.
Realização: Núcleo de Memória Institucional da Fiocruz Minas
Agradecimento: Lorena Santos, pela entrevista concedida no dia 29/04/2025, no IRR, Belo Horizonte.